I
Ventos infelizes,
Nos tempos indeterminados,
Dessa noite sem escuridão,
Dessa Lua que não tem forte,
Cavalgando nesses ventos sem chão
II
E como eram belos os dias,
Em que não havia ventos,
E o sol despertava em nós,
Essas gargalhadas de alegria,
Despontando campos e campos de malmequeres!
III
Tempos indeterminados,
Pela lucidez do desgraçado,
Que roubou a luz desse luar,
Que declamou à noite um sol,
Que desejou roubar….
Para apenas se iluminar…
IV
Ventos respirados pela insensatez,
Desse tempo que foi roubado,
Por um louco apaixonado,
Que não viu o amor um única vez,
E que clamou num verso desenfreado,
À noite que nos tinha levado.
Marlene Carneiro
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