Calçada feita de areia,
Desse tempo que passa e nada esquece,
Levando e relembrando essa teia,
Que fica e não adormece,
Nesse tempo escasso e rupestre.
E calca o tempo correndo caminhos,
De pedra, de terra…
Atravessando rios e montanhas de flores,
Pétalas que abanam com o vento,
Nesses campos agora mortos de areia.
Calçada onde uiva o tempo,
Onde se rasgam momentos,
Anseiam os lobos por mais um luar,
Onde os loucos são sãos,
E os poucos que restam loucos ficaram…
Marlene Carneiro
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