No dia em que as minhas
lágrimas choraram por ti amor,
O teu silêncio fez-se
ouvir,
Por entre vidros quebrados
que estalavam com a dor,
Caindo de um coração a
querer partir,
Que não tem mais sangue
para suprir.
E como gelam as minhas
veias nesse lacrimejar,
De gotas que são mais navalhas,
Que me engolem ao meu
corpo esventrar,
Enrolando-me frígida nas
mortalhas,
Que tanto feriste nessas
batalhas.
E ainda luto por um som
desse teu pesar,
Por um ruído que ainda
guardes,
Nesses vagos lugares do
teu pensar,
Antes que o dia me deixe
enquanto partes,
No mundo cinzento com que
me embates.
Marlene
Carneiro
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