Descortina-me nesse
pensar,
De mangas feitas que ainda
me encontro a remendar,
Descortina-me por entre
esses véus,
Que não deixam o olho da
solidão avistar,
Versos perfumados com
aroma de mar…
E nas pancadas dessa
porta,
Que bate e embate com a
brisa que não deixa respirar,
Com a brisa feita de
poeiras falsas e não de ar,
Tranco-me nessa casa,
Perfeita de vazio e com
tantos sentimentos a girar…
E giram nessa roleta viva,
Ora gira para a direita
contrariando o tempo,
Ora gira para a esquerda
seguindo o maldito que me quer matar,
E pensar que não penso,
Pensar que não vivo com
esse manto a cobrir memórias de mar.
E levanta de mim esse
peso,
Desse manto que cobre não
só um corpo,
Mas uma alma que tem o
desejo profundo de gritar!
A roleta gira e gira sem
parar,
Contrariando esse tempo
que não me deixa pensar…
E por trás desse véu,
Grito, descortinando de
mim o pensar… O pesar!
Sem comentários:
Enviar um comentário