Não sei se é do teu sal,
Que me beija a tez clara
ao te experimentar,
Não sei se é do calor…
Que não me deixas provar,
Que as minhas lágrimas
caem formando para ti o mar.
E não sei se as minhas
palavras te ditam o que sentir,
Se as que roubei para ti,
te fazem querer vir até mim,
E fugir por campos verdes
repletos de jasmim,
E banhar esses nossos
corpos por entre pétalas,
Com as cores que pintámos
nos sonhos de encantar…
E não sei se os meus olhos
te deixam entrar,
Dentro da alma que esculpo
na forma do teu nome,
Que verte aguas desse mar
que agita e que embate sem parar,
Derrubando essas paredes frágeis
que temem amar,
Sabendo que o mar as vai arruinar…
E vertem lágrimas esses
meus olhos,
Que te avistam sem te
poder tocar,
Que desistem de te olhar!
E que salgam essa alma que
ainda esculpe palavras,
Outrora escarlate agora
caiadas…
Marlene Carneiro
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