“Despida de todas as amarras,
Que prendiam mais que um corpo,
Voo por entre as almas,
Nos confins desse céu tão solto e tão azul.”
Azul como o mar,
Que embate na minha memória as lembranças,
Que morrem salgadas e são levadas,
Por cada onda que vem e embate,
Que vai e arrasta de mim o que sonhei…
E penso então em mar,
Mar que me salga em cada grão de areia,
Que me ama e me solta cada correia,
Abrindo as minhas asas caiadas,
Que tanto pedem por voar.
E voo como uma pomba branca,
Atravesso esse mar tão azul,
Tão familiar que me faz querer mergulhar,
E vencer nas suas ondas,
Todos os sonhos que ainda se fazem escutar.
Marlene Carneiro
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