Se pintasse no vento mais de mil as
cores,
Dessas notas que caem de mim e em mim
em alusão,
Seriam mais de mil esses mesmo amores,
Que caiaram o templo onde guardo o
coração,
Das mágoas que roubaram de mim a
solidão.
Se fossem mais de mil os sabores,
Das palavras que mastigo desse pensar,
Dos sentimentos que engulo pelos
temores,
No receio de encontrar nelas o verbo
amar,
E voar por entre os arco-íris que me
querem libertar.
Se encontra-se no mar mais de mil as
pedras de sal,
Que limpariam as palavras que retive no
meu coração,
Onde as lembranças relembram o que será
o meu final,
Após entrar nos ventos de mil cores a
paixão,
Que trará para mim em palavras a doce
emoção.
Marlene Carneiro
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