No teu poema, palavras gastas e mal usadas que sabem rimar.
Palavras que são como memórias afiadas,
Para os meus olhos, que vertem águas até mais não.
No teu poema, os beijos são saudosos como as tardes de Outono,
Que penetra na pele a sensação de conforto,
E o desejo desse mesmo beijo.
No teu poema, palavras alinhavadas que simulam,
A tua e a minha agonia por esse entoar!
Nos versos que saem produzindo canções ao versejar…
No teu poema, há apenas um sorriso,
No primeiro verso deixo ir o meu pensar ao encontro desse lugar,
Que tão bem pintas com sangue de pétalas de mar.
No teu poema palavras gastas e antigas,
Com rugas a descair por entre os dedos da poesia,
Deixando cair lembranças de amor e nelas alguma teimosia.
Marlene Carneiro
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