Sangue viscoso que
derramo,
Se te pudesse largar,
Atiraria a tua cor tom
escarlate,
Para dentro desse azul
negro de mar,
Onde caiarias e eu te voltaria
a pegar…
E vertes constante
formando um lago,
Que me aconchega, que me
acaricia,
E que me ama com sons de
silêncio,
Magoando a minha triste
agonia,
Que contorce gritos de
alegria.
E lamento por ti,
Que por longos tempos
habitaste dentro de mim,
Lutando por um lugar que
eu te pudesse dar,
Mas eu nunca te poderei
amar,
Sangue obsceno que me faz
respirar…
E lavas essas pedras
caiadas,
Pintando-as nesse tom
encarnado,
De quem grita a liberdade!
Pois foste um louco
apaixonado,
Em veias que se recusam a
voltar a pulsar.
Marlene Carneiro
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