Bem Vindo ao Letras Doces!

O Letras Doces contém Poemas, Frases, Pensamentos... Escritos de forma doce... outras vezes um bocadinho mais amarga. Trata-se de uma transmissão de sentimentos. Espero que se sintam em casa e que respeitem os direitos de autor.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

*Amor*



Falam de um amor que nada sei,
Do qual clamam sem perceber,
E no entanto anseio por conhecer,
Esse amor que não quer aparecer!

Palavras que se soltam gritando amor!
E que agitando encontram-se ocas,
Sem sentimentos, sem dor,
Apenas com fantasias de canções roucas,
Clamadas na euforia das palavras que são poucas.

Palavra que eles gritam proclamando amar!
Com o coração extasiado,
Sem saberem pelo que lutar,
Roubam palavras dessa esfera escarlate do amado,
Que não pára de bombear e fica mais acelerado.

Palavras que se soltam gritando amor!
Que uso roubadas dos loucos apaixonados,
Que as libertaram numa noite de esplendor,
Esperando eternamente pelos olhares saqueados,
Que tocaram um só coração entre passeios desenhados.


E eu poderia dizer o que é o amor… Poderia roubar essas mesmas palavras,
Que um louco deixou fugir enquanto mirava a Lua a sorrir, recordando tempos de amar.
E eu proclamaria palavras que não são minhas, falando do amor que não conheço.
E no qual desejo quando toco a tua alma com o meu olhar, quando nela vejo o teu espelho, o teu sorriso que me faz querer acreditar que vale a pena esperar…
Não só uma Lua, ou duas… Mas esperar que o universo se refaça e te volte a encontrar.
E queimar a minha pele ao sentir nela a tua!
Soltando a essência que busco no fundo desse teu eterno olhar…
AH! Como gostaria de escrever amor e de saber como o definir!
Mas desconheço esse mesmo amor, desconheço tal sentir…
Mas se soubesse clamá-lo amor, eu encontraria nele cada linha do teu corpo,
E nele desenharia um poema com a tua forma, e a tua cor…
Sim a cor! Não a cor dos teus olhos, mas a cor que vigio ao te olhar…
E nesse mar tão escuro, tão opaco, encontrar a luz que me guia mais fundo, penetrando em cada onda…
E balançar com cada onda, com cada desejo que encontraria em cada beijo que sentiria sem te tocar.
AH! Como gostaria de escrever amor e de saber como o definir!
Mas desconheço esse mesmo amor, desconheço tal sentir…
Por isso morro e desfaço-me nessa praia,
Ansiando por o teu mar me tocar,
E nessa mesma onda, o amor vir a encontrar.


Marlene Carneiro

Sem comentários:

Enviar um comentário