O
meu medo em palavras conservo,
No
que diz respeito ao meu pensar que cego!
Com
a paz que tanto desejo por sentir e amar,
Mas
que nada vejo!
Neste
abismo onde não sopra o vento da petrificação.
Ah
se pudesses gritar ao vento,
O
medo que tanto me atormenta e acalma,
Como
louca desgrenhada reviro esse mesmo olhar,
E
berro soando de mim os sons,
Soando
o vazio do meu pensar!
E
abdico da minha fala,
Que
já não aguenta a minha lucidez,
Uivando
nesse luar tão azul e agora tão xadrez,
Nesta
prisão de vazio!
Onde
não há mais vento que me possa gelar…
E
temo esse som que ainda se irá fazer ouvir,
Com
o triste lacrimejar que os meus olhos farão cair,
Para
que em cada lágrima,
Haja
a paz que quis sentir,
Lavando
de mim o medo que me está a consumir…
Marlene Carneiro
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