Hoje sussurrei ao vento o
teu nome,
Em pequenos pedaços
rasgados pela solidão,
E o vento tocou-me fundo
na alma,
Clamando pelo meu pobre coração,
Que ainda chora lágrimas
de dor caído no chão.
E as tuas sombras vestidas
de cetim,
Voaram para distantes epístolas,
Gritando aos sete mares
palavras de mim,
Rogando em sons pares
melodias mistas,
Num quadro fúnebre das
vistas.
E deixaram-me caída lavada
nesse chão,
Corrida de mágoa por onde
vi o teu par passar,
Pedindo ao sangue perdão,
Por não impedir as tuas
sombras de te levarem,
Dessas navalhas vertidas
que querem secar.
Marlene Carneiro
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