Hoje estou triste,
Não por mim, nem por ti,
Mas pelo que sinto e pelo que vivi,
Hoje sinto-me assim…
A mágoa quebra em mim o vidro,
Que jorra água límpida e desmedido,
Inunda o meu olhar castanho,
Num cinzento vago e esquecido,
Pelo tempo que acalma o temporal trazido…
Foi dolorosa a vontade,
De gritar, de correr em direcção à liberdade,
De cair e chorar,
Antever a queda! Que afastava a verdade,
De mim! Da mais pura realidade!
Ah! Como ainda corrói!
Como ainda sinto o sabor do ferro nos lábios,
Vendo-me estendida e trespassada ainda dói,
Por esta vida triste e malvada!
Onde já não há esperança nem herói!
Hoje sinto-me triste…
E é assim que quero ficar…
Não me consoles, nem ames,
Quero morrer em mim,
E em mim acordar!
Marlene
doeu aqui!
ResponderEliminarlindo...
ISa
Cara, Marlene,
ResponderEliminarestá absolutamente profundo! É uma viagem pelo seu interior, uma viagem que já não consegue manter em segredo, pois agora ela manifesta-se, desmanchando-se nas lágrimas que brota... e assim sente-se fraca... acabada e inundada se água salgada na qual navegam injustiças desta vida, sonhos desfeitos... na qual reflecte o seu coração partido. E acaba dizendo que esta batalha é sua.
Senti cada palavra, poetisa e isso só prova que é um feito de e com qualidade.
Abraço,
Rute.