Ando com vontade de correr,
Não por estes prados em que me atrapalho,
Mas por outros e para outros mundos!
Eu gostava de ser Diferente!
De puder sugar da vida a força,
De puder seguir em frente!
Encarando de fronte o mundo,
Que sopra para mim, arreganhando o dente!
Ah! Como é bom fugir!
Vestir a pele da cobardia e nisto esquecer a melancolia,
Criada para mim sem decidir,
A loucura que vivo só por sentir,
Arrancaria de dentro, todo este esculpir!
Se pudesse nasceria colocada na linha da frente,
Agarrando o touro!
Violentando as palavras que me oferecem de presente,
Calando e subjugando os fervores,
Enterrando a alma e acalmando a mente!
Como quero correr!
Fugir de mim e despir o que outrora senti!
Marlene
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