Estou cansada das palavras que não saem,
Que ficam presas,
Em todo o meu Ser…
Com os olhos vidrados perante mim,
Sinto a brisa levar o pouco que restou,
O pouco que de alma sobrou,
Depois de estilhaçar no reflexo a imagem,
Das lembranças que sonhei!
Não sendo mais da realidade,
Ignorando a violência das palavras,
Solto num sopro o que senti, o que fui de verdade,
Não sobrando mais de sentimento,
Avistando o pó no vento…
Com os olhos vidrados perante mim,
Não recordo mais quem Sou,
Nesta dança que balanço,
Onde escorre o sangue,
Gota a gota liberta o meu maior receio…
E não sendo mais da realidade,
Avisto nas sombras a alma que escolhi,
A alma que me habitou em dias de chuva,
No corpo que emprestei,
Para agora cair para lá de mim!
Marlene
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