Foram oceanos de olhares,
Por onde os meus olhos navegaram…
E se debateram contras as ondas dos demais,
Envoltos nas sombras salgadas mergulharam,
Nos sonhos de contemplares, eles brotaram…
Para lá das águas cristalinas desvendaram,
Esses mesmos olhares que continham mais da expressão,
Onde muitos em tempos naufragaram…
Mas que não se aventuraram para achar a canção,
Que lhes definia o brilho da emoção…
Sim! Foram oceanos de olhares,
Os que navegaram para lá da minha e da tua solidão,
Estimulados pelas pedras de sal que caiaram,
Embalados com os ventos que lhes afagavam o coração,
Presos ao cântico que os consumia em implosão…
Para lá das mesmas águas cristalinas estão as almas,
Que nesses mesmos olhares os meus olhos avistaram,
Num reflectir de sonhos,
Os demais encantaram,
Nas águas que caiaram…
Marlene
Sem comentários:
Enviar um comentário