Estou cansada de aqui estar,
Neste abrigo onde não sinto o chão,
Que me segura em mim, sem me precipitar,
Para o abismo que me chama,
Onde sinto o NADA a vaguear…
Estou cansada dos dias coloridos,
Da alegria, do amor e da paixão,
Estou farta de tudo o que anime,
A fadiga pesa no corpo e empurra a alma,
Que absorve toda a escuridão!
Desisti de lutar!
Não quero mais levantar os braços,
Apenas já não há pelo que disputar,
Nesta vida de embaraço,
Onde perdi o que restava do meu interior…
Não estou triste nem magoada,
Apenas já não há o que viver,
Já não sinto Nada dentro da alma,
Se é que ela ainda existe em mim…
Se ainda não morreu com o que se foi, com o que fui!
Apenas não quero mais acordar,
Não quero mais encarar a deturpada realidade,
Que se parece mais com um pesadelo,
Do que com a vida miserável que escolhi,
Enquanto vivi…
Vivi… Se é que eu vivi!
Perante lutas constantes com o meu âmago,
Com a vontade de amar, de sofrer…
Mas hoje já não sinto nada,
Apenas quero é morrer!
Marlene
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