Ainda te sei aqui amor,
Por entre vales de tortura e amargura,
Que me fizeste escrava da tua loucura,
Engolindo em cada beijo de despedida a dor…
De te ver uma última vez sedutor…
Ainda te sinto o cheiro da ternura,
Com que me aliciaste em noites de calor,
Para os lençóis caiados agora de bolor,
Choram a falta da tua procura,
E dos corpos que inflamavam da jura…
Marlene
(...)
Meu grande amor, estás distante e invisível...
Balas perdidas se encontram em peitos aliados
E últimos suspiros é o que mais tenho escutado...
Mas tenho a força que me dás, sou invencível!
Os nossos papéis são o meu único elo
Nesse mundo de sangue, suor e mortalha
Partilhas a corrente, amor, em pararelo
Sofrendo minhas dores em diferente batalha.
Eu volto, te juro, tenhamos paciência,
Creia comigo que a fé remove a montanha...
Enquanto me esperas, chorando a ausência,
Te sonho ao meu lado na cama de campanha.
Caio
Um casamento perfeito de versos!
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