"Nas folhas que escrevi,
Pinguei gotas da seiva cor de carmim,
Para enviar aos teus olhos doces de mel,
Onde habitava a neblina,
Para lá do Olhar…"
Tentei-te desvendar para lá da visão,
Só com a alma a mergulhar nas profundezas do teu mar,
Onde me perdi, vagueei com aflição,
De não te ver mais com o ar a fugir, a sufocar,
A garganta que tremia só de te encarar…
Tentei! Agarrar-te pela emoção,
Abraçar os teus receios, enfrentar as imagens que tentas evitar,
Que te engolem, que te têm na mão,
Prestes a cair do abismo, a salivar,
O Amor em palavras a arfar…
Tentei não te largar,
Mas os teus olhos cor de mel soletraram a canção,
Do animal ferido ecoando fúnebre caiar,
Onde habitava para lá do véu a solidão,
Que amava o teu triste Ser em colisão…
Marlene
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