Como dói Amor,
Esta carência que nos envolve,
Este demência que nos consome,
Na palavras que engolimos,
Nas injúrias que cuspimos no meio da nossa fome…
Necessito de ti Amor,
Em cada lágrima escorrida,
Em cada alma de mim perdida,
Nas batalhas por nós debatidas,
E nos olhos que já viram a vida!
Não sei mais de ti Amor,
E anseio o nosso balanço,
Que vai e vem sem dar mais descanso,
Aos corpos que sentem o rancor,
Que sentem no coração o avanço…
Não sei como controlar este Amor,
Que insiste em te tomar,
Para lá da entrega que me quer domar,
A ferida abre e reabre,
Estancada olhando-te a ires e a voltar…
Marlene
Querida Marlene,
ResponderEliminarPor entre estes seus versos sinto uma falta de carinho, sinto a sua carência para além da entrega, do contacto físico. Sinto que lágrimas brota pelas palavras que se ausentaram em prol daquela 'fome' e que agora nos intervalos das idas e voltas do seu amor, no abrir e reabrir daquela ferida, sente falta, sente carência das palavras e afoga-se por isso nas lamúrias da sua saudade, sentada nas bermas do arrependimendo, um mar opaco que congelou todas as esperanças... um mar que corre sem esperar e leva consigo as carências daquele corpo feminino. É importante dizer que é feminino, pois é sensível e apesar de todas as hesitações, não hesita em se lagar em lágrimas.
Com muita admiração e muitos apluasos,
P03tiza.