“Nestes caminhos que partilhei contigo,
Alcançando a tua mão,
Limpo agora minhas lágrimas,
Que acabei de chorar,
Por um Amor que está sempre a nascer e a acabar.”
Emoções que batem no meu coração,
Como ondas que embatem,
Quebrando mais uma vez a fortaleza,
Que se chegam à frente e partem,
Caiando de sal o escarlate das gotas que escapem.
E derrubando minh’alma,
Vêm e vão neste embalar,
Subjugando o que amo,
Nesta valsa que insistem em dançar,
Tomando o meu coração para seu par…
Ainda tenho restos da espuma branca,
Nas ruínas do meu rochedo,
Que tem sombras e flores,
Com a luz de um lado e amor em segredo,
Que brotam lindas cores e sensações de medo.
E nisto vão e vêm as ondas,
Que me tentam derrubar,
Acariciando com o mar,
Deixando em mim o sal branco,
Que me abraça e quer amar!
Marlene
Querida Marlene.
ResponderEliminarAntes de mais, estes versos são de todo apaixonantes!! Adorei bastante.
Consigo vê-la no seu 'eu' lirico, como sendo uma rocha. Uma rocha que embora tenha sofrido várias tentativas de arrombamento mantêm-se firme mas, não intacta, pois com o forte embater daquelas ondas que insistem em dançar e obrigá-la de certa forma a entrar naquela dança, vai-se desgastando, perdendo pequenas partes de si, num processo bastante lento e doloroso... Confusso também, porque aquele mar ora a quer derrubar, fazer com que se afogue naquelas promessas esquecidas, ora quer beijá-la com o seu sal.
Como disse, um amor que vai e vém.
Sente-se medrosa pois não sabe de côr as marés daquele amor.
Os meus mais sinceros parabéns!!
Abraço, beijinhos,
Rute.