Bem Vindo ao Letras Doces!

O Letras Doces contém Poemas, Frases, Pensamentos... Escritos de forma doce... outras vezes um bocadinho mais amarga. Trata-se de uma transmissão de sentimentos. Espero que se sintam em casa e que respeitem os direitos de autor.

sábado, 28 de maio de 2011

As minhas asas...



Abre as minhas asas,
Cobrindo-me de luz, e de inspiração,
Encontra-te em mim, liberta a nossa emoção,
Crê-me em ti, vive através do coração,
Pois outrora quis-te aqui e só obtive solidão…


Abre as minhas asas,
Faz-me voar entre rios e colinas,
Eleva a minha mente a ti pois só assim me iluminas,
Guarda um pouco de mim e pede às minhas boninas,
Que chorem pétalas como tuas meninas.


Abre as minhas asas,
Como só tu o sabes e podes fazer,
Não há neste mundo mais nada que me leve a querer,
Mais do que um pouco do teu saber, do teu apetecer,
Pois só tu, meu Adónis! Um dia me irás em ti, receber…


Abre as minhas asas,
E grita bem alto que me Amas!
Que das minhas ansas a Fénix alcança chamas,
Que tudo nos é possível, em vários panoramas,
E que para esta peça só há amor, não há dramas!


Abre as minhas asas,
Pois digo-me pássaro e preciso de voar,
Entre espaços eternos que alcançarei com o teu doce olhar,
Envolve-me nas tuas ondas, afogar-me-ei no teu mar,
Pois sem ti este corpo não conseguirá respirar.

Marlene

terça-feira, 24 de maio de 2011

Poesia em mim...



Preciso de ti como se em ti respirasse,
Como se a minha garganta se fechasse,
Outrora, outro ar talvez eu entranhasse,
Mas agora como se tabaco, eu te fumasse,
Sem o vício do drogado, por ti quase matasse…


Preciso de ti como se fosses cálice,
Cálice que bebo como se adiasse a velhice,
Vivo como o louco, falo com tolice,
Naquilo que me apetece sem alguma chatice,
Pois sou doida e falo no que outrora disse.


Preciso de ti como se fosses a minha fonte,
Sem ti o meu sangue nas veias não viria o horizonte,
Fazes entre mim e o meu corpo uma ponte,
Sentimentos vivos, perturbações ao monte,
É como realizo este amor fronte.


Preciso de ti, como se fosses de mim divisão,
Não te encaro como um amor ou uma paixão,
És mais do que isso, para mim és Emoção,
Vivo contigo fora da solidão,
Sou tua aprendiza, arte do meu (Nosso) coração!
Marlene ( Ghost)

Aprender o Amor!


Desnudo a alma do preconceito,
Sem saber do que estou a falar,
Revelo a todos, mesmo sem jeito,
Que não conheço o conceito amar,
Entronizo sem o consagrar…

Percorro entre meus campos o respeito,
Acredito que por aqui hei-de lá chegar,
Sem discernimento e sem o direito,
De querer saber como o sentimento desabrochar,
Para que meu corpo um dia o possa dominar.

Navego por entre rios até ao leito,
Para mergulhar nesse mar,
Captar o que achar suspeito,
Para que me possa preparar,
Desvendar os seus segredos para o aceitar.

Voo no céu com efeito,
O meu génio quero ali libertar,
Abraçar o que dizem ser perfeito,
Para o poder conquistar, abraçar,
E quem sabe assim um dia… Amar!
(Para depois nunca mais cá voltar!)
Marlene

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Amor que sinto!


Não creias apenas no que os teus olhos vêm,
Quando em mim se focarem,
Apenas uma carcaça virão, se me enxergarem,
Pois não serão esses gomos que me decifrarão,
Apenas uma fotografia sem alma conseguirão…
 
Não creias no que as minhas palavras te dizem,
Pois nada mais que sons te soarão,
Não escutes o que as notas falam em vão,
A minha mensagem para ti não está aí,
Encontra-se na Alma que te atribuí.
 
Não creias nos meus gestos,
Pois neles só existe a falsidade,
Não há neles amor, nem verdade,
O que sinto está para além do meu abraçar,
Para além de tudo o que possas a vir a imaginar.
 

Não creias no meu corpo,
Como ele mente!
Finge que em Ti nada vê, que nada sente!
Pois tu és mais que sonho e tentação…
És um Amor escondido nas profundezas do meu coração.
 

Não creias na minha Alma,
Que estupidamente fica atrás, escondida,
Encavacada, por vezes reduzida,
No tempo…
Quero contigo só um momento!

Marlene ( Ghost)



Amor Persistente...


Podes recusar o que te ofereço,
Mas eu sustento e continuarei a dar,
Este amor que enterneço,
Quando em Ti, estou a pensar,
Levo-te comigo, sem antes perguntar…
(Queres-me acompanhar?)
 
Podes recusar o carinho,
Que eu insisto em deixar,
Alimentar esse riso mauzinho,
Quando em tua “Casa” não me deixas entrar,
Eu persisto, pois vou ficar.
 
Podes fingir o medo,
Que em mim vês, mas em ti não crês,
Simplesmente eu alcancei mais cedo,
E sou apenas um Burguês,
Vendo minhas falas como se fosse um camponês.

Podes alterar-te comigo,
Mas repito que não irei fracassar,
Prometi que te mostrava esse abrigo,
Com todo o Amor que tenho para dar, espalhar…
Não Morro sem antes, em MIM, Acreditar!

Marlene ( Ghost)




domingo, 22 de maio de 2011

Oração



Senhor, com a minha alma vazia,
Aqui me exponho entre meus irmãos,
Para que pelo menos neste dia,
Lhes venha alguma alegria,
Que lhes acalente o espírito com melodia.

Senhor, com o meu corpo desdenhado,
Por tanta vida e tanta solidão,
Peço que a estes amigos lhes seja dado,
Mais uma chance, uma hipótese de redenção,
E que venham com compaixão pelo Outro coração.

Senhor, com o meu espírito imperfeito,
Eu peço por aqueles que também o são,
Para que melhorem o seu jeito,
Se elevem à sua grandeza, imensidão,
Que se rendam a esse amor, deleito!
Senhor, Pai de toda esta multidão,
Como Criador deste evento,
Eu imploro por aqueles que ainda vêm com apreensão,
O respeito, o amor recebido, o alento,
Que tem dado mesmo quando falam de si em Vão.
Senhor, Deus do amor,
Visitai nossas casas,
Ignorando aqueles que ainda assim pregam à dor,
Ajudai-nos com paz, para criarmos asas,
E nisto perdoarmos quem nos tem feito tanto horror.
Que assim seja.

Marlene

Não te quero!



Não me peças o que tenho,
Nem me impeças de o sentir,
Pois para ti, aqui eu venho,
Não me quero desiludir,
Liberta o meu Amor… Deixa-o partir!

Não me peças o que tenho,
Matas-me com o teu querer,
Por que te esforças? O porquê de tanto empenho?
Não sei o que te possa responder,
Foste amante do teu alvorecer…

Não me peças o que tenho,
Meu amigo, para ti só isso te posso oferecer,
Não te aproximes do coração que ainda mantenho!
Graças à força que resguardo de em ti não me apreender,
Talvez noutro tempo, lugar te venha a querer…

Não me peças o que tenho,
O que guardo para quem deveras o merecer,
Para um Amor não profano eu me contenho,
Pelo sentimento Branco eu vou esquecer,
O que de mim quiseste colher…

Não me peças o que tenho,
Pois nada do que queres irá acontecer,
Não é a ti que Amo… O teu sentimento desdenho,
Nunca irá acontecer,
Essa vontade, esse desejo um dia nascer!

Marlene ( Ghost)



sábado, 21 de maio de 2011

Um dia...


Se um dia entenderes o meu olhar,
E com os teus olhos, o meu génio não pairar,
Voltarei para esta vida que dispensei,
A mim socorrerei e então pedirei,
Mais um tempo para aqui estar e ficar,
Para que possamos momentos compartilhar!
 
Se um dia encontrares a luz que em mim brilha,
E avistares aquela esperança que em mim ainda domicilia,
Voltarei a sorrir…
Pois significa que há Amor e Paz que ainda poderá vir,
Neste Mundo ao qual já não pertenço,
Onde vivi e agora adormeço…
 
Se um dia esperares o meu reencontro,
E ficares no teu canto enquanto morro,
Voltarei a partir,
O meu espírito por ti não voltará a vir,
E aí poderás esquecer,
Aquilo que contigo quis viver… Agora perder!


Se um dia me abraçares de longe,
E a saudade em ti bater mais forte,
Lembra-te que também fui feliz enquanto vivi,
Que montanhas por causas eu movi,
Para que pudesses repousar,
E um dia comigo te vires encontrar!
Marlene ( Ghost)

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Só o corpo...



Neste corpo que já não habito,
Que outros usam como se fosse o limbo,
Vivo como ar apenas me limito,
A observar, a enquadrar,
Pobres espíritos deixo entrar,
Para que me possa libertar,
A minha alma se espalhar… para outro lugar. 

Neste corpo que empresto,
Que não falo, apenas observo,
Sou apenas mais uma que faz parte do manifesto,
Que na escravidão da vida me arrasto e conservo,
Para evidenciar, aclamar o meu resto…
Não tenho palavras, só almas… Um gesto!

Neste corpo vendido,
Dei o que sobrou de mim ao Carrasco,
Por caminho errados deixei o espírito perdido,
Não ouve um dia que fosse colorido,
Atirei-me dentro de mim para um penhasco,
Vendi o meu espírito por sentir tanto asco…

 Neste corpo outrora meu,
Tudo o que escrevo apareceu,
Contado por outros que me recordaram,
O que vivenciaram, que sentimentos já passaram,
Pois nada disto aqui sou eu,
Apenas passei por mim e apanhei o que se perdeu…

Mas neste corpo em que vivi,
Um dia eu te vi e te conheci,
Mas ao falares e ao leres o que escrevi,
Lembra-te que não sou eu que estou para aqui!
Marlene ( Ghost)



Almas em mim...


São diversas as almas que se escondem em mim,
Neste caixa… Pandora em que me transformei,
Outrora coleccionei flores, pedras e jasmim,
Agora aniquilo a razão que já tive… Esventrei!
Tudo o que não me pertencia, matei…
Sem nada fiquei!

São diversas as almas que escondem em mim,
Neste vazio que é esta carcaça,
Pois no ar me desfiz, voei…
Para longe de mim e não voltei!
Agora vivo com outros que falam por mim,
Não quero mais rosas e cetim,
Quero aquela parte que perdi…
Marlene ( Ghost)

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Metade da Alma!


Hoje só metade da minha alma me habita,
E mesmo que a sinta e a pressinta,
Dispenso a outra metade,
A que fala a verdade…
Pois estou cheia de mim,
E farta de me ter aqui…
Neste corpo demente,
Outrora, feliz e contente.

Hoje só quero metade da minha alma,
Estilhaço por completo a outra parte,
Vivo separada do meu espaço,
Encaro-me de baixo, a solidão abraço…
Pois hoje não estou para mim,
Não me visto de branco, nem de cetim,
Apenas liberto parte da minha essência,
Para que fuja, e no limbo permaneça!

Hoje fico com apenas metade da minha alma,
Para saber quem sou, e pouco reconhecer,
Porque hoje digo e repito que de mim não quero saber,
Nem quero que me venham perceber, nem entender,
Pois não estou para ti,
Que aqui vens ler,
As mágoas e lembranças que vivi,
E as feridas que abri no meu Ser!

Hoje já nem sei se quero metade da alma,
É que já nem cabe, esta parte que me acalma,
Na carcaça farta e desgastada,
Da vida emprestada e outrora usada,
Pois hoje pedi à morte que o meu espírito ceifasse,
Que para longe a levasse,
E que Hoje nunca mais voltasse,
Pois foi para isso que hoje me suicidei, para que ninguém me amasse!

Marlene ( Ghost)

Tômbola da Vida


Na tômbola da vida,
Deixo a minha sorte a ti, aqui sem porvir,
Pois nela fui menina, forças não estive para medir,
Lembro-me do que já vi e do que estará para vir… 

Na tômbola da vida,
Rolei perdida no meio das minhas direcções,
Sem saber que caminhos descobrir, quais seriam as minhas opções,
Colhi espinhos dos meus trilhos e plantei puros corações. 

Na tômbola da vida,
Puxei-te para mim e nela rolámos,
Trocámos confidências, rimo-nos e chorámos,
Oferendas envenenadas dos mais queridos recusámos! 

Na tômbola da vida,
Não há Ser que se vire sem se conseguir torcer,
Não há alma que consiga, uma Verdade esconder,
Daqueles Olhos que nos seguem, que não nos vão temer…
Marlene (Ghost)

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Poeta Louco

Dizem que todo o poeta tem um quê de louco,
Que todo o escritor passa por um sufoco,
E que a insanidade habita no tolo,
Por falta de consciência, prefere a transparência no consolo.
                                            
Dizem que todo o poeta tem um quê de louco,
Que quando escreve diz muito e fala pouco,
Alguns consideram-no mesmo um parolo,
Perdidos estão aqueles, que só têm ignorância no miolo.
 
Dizem que todo o poeta tem um quê de louco,
Que grita com palavras até ficar rouco,
Pois deseja ser ouvido,
Quem sabe um dia até entendido…
 
Dizem que todo o poeta tem um quê de louco,
Mas para isto terei de pôr um ouvido mouco,
Pois não quero ser alienada por amar,
De forma diferente, por vezes carente até me libertar!

Dizem que todo o poeta tem um quê de louco,
Para isto não posso acreditar, nem acordar…
Pois loucos são os que não deixam uma Velha arte entrar…
Marlene ( Ghost)

terça-feira, 17 de maio de 2011

Desfolhada

Na desfolhada da vida,
Parto-me em duas e fico dividida,
Altero-me, modifico-me e fico no meu meio,
Sem um trautear, sem andar em rodeio.
Na desfolhada da vida,
Fui amada e maltratada, mas também fui querida,
Abandonei uma das minhas almas,
Caminhei para margens mais calmas.
Na desfolhada da vida,
Olhei para mim de frente, espelhei-me torcida,
Uma face aparecida era demente,
A outra tinha um entendimento permanente.
Na desfolhada da vida,
Fui esventrada e enfraquecida,
Morta pela consciência,
Separei a minha essência.
Na desfolhada da vida,
Tu que lês foste homicida,
Não de mim mas de outra causa perdida,
Pois preferiste a saída fácil, arrependida.
Marlene ( Ghost)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Para um amiga



Vejo nas minhas mãos as tuas!
Da minha pele solta-se a doce lembrança,
Como se as tuas camadas as preenchessem,
De uma história, de uma infância… De uma esperança!
Que ainda há! Guardada numa Pandora, como se a perfizessem…
E a mim, te trouxessem…


Vejo nas minhas mãos as tuas!
Outrora carregadas com as minhas chuvas,
Também viram o sol, quando partilhámos confidências,

Abraçaste-me, consolaste-me com as tuas luvas,
Consegui sempre tê-las comigo nas tuas ausências…
E nelas cessavas as várias essências… Inocências!


Vejo nas minhas mãos as tuas!
Como se em vários Sois se vissem várias Luas!
Como se o próprio sangue fosse semelhante,
Num Além as almas seriam idênticas, quando nuas,
Por isso e para isso, és me importante,
Mesmo quando estás distante…


Vejo nas minhas mãos as tuas!
E nelas consigo enxergar-te presente, mesmo no Passado,
Por isso vais estar sempre comigo, em MIM!
Não ao meu Lado!

Marlene ( Ghost)

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Um Projecto - Poetar Contemporâneo

Venho dar a conhecer um projecto que no outro dia descobri enquanto navegava na internet.
Este projecto é muito interessante, é sobre a edição de um livro, uma colectânea de poemas.
As inscrições para o livro estão a decorrer, por isso decidi ajudar a divulgar este projecto para aqueles que querem ver os seus trabalhos publicados ou que querem fazer parte deste projecto.

Aqui deixo o blog: http://poetar-contemporaneo1.blogspot.com/

Abraços e Felicidades
Ghost

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Encontro - I


Vejo teu génio sem conseguir olhar,
Nele reflete a minha alma que anseia por te tocar,
Como és belo, meu anjo!
Vestes esplendor, irradias luz que quero consagrar...
Diz-me onde vives, contigo meu coração quer ir morar!
Minhas mãos em ti... Teu corpo querem acarinhar.


Recordo a tua pose, naquela noite que devia de ser fria,
Relembro o desejo de posse que no meu sangue corria,
Enfeitiçaste-me num enlace como se fosse por magia,
Ah! Meu Adónis!
Gelas o meu corpo só por te sentir sem te poder alcançar... Entro em hipotermia,
Afaga a minha carcaça, liberta a minha mente seu Louco demente... Minha fantasia!


Um gesto distante que me entristecia,
Teus lábios colavam-se aos de quem não te merecia,
Lágrimas de sangue por mim escorriam,
Mas uma certeza absoluta, até maluca, em mim vivia,
Que em teus braços um dia eu morreria,
De paixão, de amor e até mesmo de agonia.

Ghost