Bem Vindo ao Letras Doces!

O Letras Doces contém Poemas, Frases, Pensamentos... Escritos de forma doce... outras vezes um bocadinho mais amarga. Trata-se de uma transmissão de sentimentos. Espero que se sintam em casa e que respeitem os direitos de autor.

domingo, 23 de outubro de 2011

*Vento Bojador*



Ventos gélidos desse mar,
Que arrebata tempos em que o teu e o meu pensar,
Se conheceram na infinidade do nosso além,
Onde não gera mais a paz que demos aquém,
Por palavras de terra e de sal a caiar.



E giram, giram esses moinhos,
Com o vento a dançar nos nossos sonhos rindo,
Com melodias de mar que clama pensar e pensar,
Nos tempos remotos de paixão,
Que insistimos em querer deixar.



E empurra para nós os tempos desse Bojador,
Negando a paz, a calma e o amor,
Tocados nos confins da nossa esperança,
Onde tememos essa bonança,
Escolhendo o frio que nos gera tanta dor!

 Marlene Carneiro

*Nem Deus*



"Sons absurdos que se soltam do teu pensar,
Arranhando a minha mente que se tenta libertar,
Dessas correntes que envolvem a minha volúpia,
Prendendo-me para lá do que possa imaginar,
Não sou mais tua nem me podes amar…"



E são estas as palavras que te deixo,
No meu tom de um adeus,
Em que nem mesmo o amor dos anjos ou de deus,
Pode fazer-me voar para longe,
Sentindo o cheiro do mar que me tentaste esconder.



E vi no fundo desses teus olhos a luz da tua escuridão,
Que me prendeu longe do mar,
Pelo qual choro e perco almas pela sensação,
Do abandono ao não sentir as ondas de amar,
Da liberdade que não me deixas encontrar.

Marlene Carneiro


sábado, 22 de outubro de 2011

*Love*Amor*


Questions about love,
Are the only words that you above?
Your thoughts don’t meet more the mine,
And your heart is no crystal like the water that shine,
Dripping clearing the blood dove.



Oh my love and we left died tree!
If I could paint for you the story we lived,
And putt more color in the end we see,
Leaving to us the way that relieved,
And the pain we achieved.



And you only make me questions about love,
Asking to wind how can you taste?
The feeling of freedom with that dove,
If your lips don’t kiss without ice,
And each touch is more than an advice.



And my freedom is not more in you love,
My care and my smile,
Not meet more your eyes,
Can we say that my life is not more your style?
And your happiness doesn’t bother a while.

Marlene Carneiro


Perguntas sobre o amor,
As únicas palavras que sabes dizer?
Os teus pensamentos não atendem mais a minha dor,
E o teu coração não é mais brilhante como a água deve ser,
E no sangue não há mais paz nem saber.



Oh meu amor e deixamos nós a árvore morrer!
Se eu pudesse pintar para ti a história que vivemos,
E colocar mais cor no final que vemos,
Deixando o nosso caminho mais aliviado,
Pela dor que absorvemos no passado.


E tu só me fazes perguntas sobre o amor,
Pedindo ao vento te provar?
A sensação de liberdade daquela pomba
Mas os teus lábios não beijam mais sem o gelo,
E cada toque é mais do que um conselho paralelo.


E a minha liberdade não é mais a que amas,
O meu carinho e o meu sorriso,
Não atendem mais os teus olhos,
Podemos dizer que minha vida não é mais a que procuras?
E a tua felicidade não se incomoda nem um pouco comigo.


Marlene Carneiro

*Pensamentos*



Se o Amor resolvesse de mim todas as assimetrias,
E limasse todos os cantos pelos quais ainda tenho que contornar,
Pensaria e se pensaria!
Nas formas belas de me encontrar,
Onde o sangue fervesse com cada respirar,
Pulsando de mim a paz que tento encontrar…



Ah se a paz reinasse neste mundo como a tirania,
Não teria o que chorar!
Não haveriam lágrimas que preenchessem esse vazio,
Que os meus olhos como gomos insistem em albergar…
Por este mundo que me está sempre a maltratar.



E se os meus olhos desta alma que carrego,
Vertessem do seu olhar  a cor!
Pintaria um arco-íris por cada dor,
E espalharia em cada um essa mesma felicidade,
Que não encontro e que não tem capacidade…



Se o Amor existisse para mim,
Não em tons rosa ou jardins de jasmim,
Mas como a arma que acalmaria o pânico dessa solidão,
Que caia o meu sangue tom de carmim,
Acalmando a sua impulsão.



E se os olhos fossem mesmo o espelho da alma,
Poderia reconhecer em mim o meu olhar,
Poderia conhecer de mim a alma que anda a vaguear,
Com este corpo que tanto chora,
Que tanto pede por esse sentimento de amar.



Marlene Carneiro

*Meus Receios*


O meu medo em palavras conservo,
No que diz respeito ao meu pensar que cego!
Com a paz que tanto desejo por sentir e amar,
Mas que nada vejo!
Neste abismo onde não sopra o vento da petrificação.



Ah se pudesses gritar ao vento,
O medo que tanto me atormenta e acalma,
Como louca desgrenhada reviro esse mesmo olhar,
E berro soando de mim os sons,
Soando o vazio do meu pensar!



E abdico da minha fala,
Que já não aguenta a minha lucidez,
Uivando nesse luar tão azul e agora tão xadrez,
Nesta prisão de vazio!
Onde não há mais vento que me possa gelar…



E temo esse som que ainda se irá fazer ouvir,
Com o triste lacrimejar que os meus olhos farão cair,
Para que em cada lágrima,
Haja a paz que quis sentir,
Lavando de mim o medo que me está a consumir…

Marlene Carneiro




sexta-feira, 21 de outubro de 2011

*Momentos Nossos*




E curvo as minhas ondas nessa pele do teu mar,
Enrolando e despegando todas as preces que me queres tomar,
Envolvendo gritos de chorar e temo!
Ah como eu temo, o fervor que nasce de mim querendo-me domar,
Palavras que saem para ti como se as cuspisse no meu paladar.



Ah a doçura dessa tua pele que cavalga a minha outra,
E que se despede em beijos e clamores de Paixão,
Que ama os meus desejos e me faz criar mais e mais…
E conheço-te por momentos, e troco contigo essas confidências,
E peço para que não me deixes antes que adormeças.



E envolvida nessas ondas do teu mar,
Que rebola em mim essa areia que tanto deseja em ti naufragar,
Com um sopro de calor!
Matando essa praia de dois corpos unos,
Que apenas desejam se tomar em momentos de mar…



Marlene Carneiro

"Se te pudesse compreender nessas ondas do meu mar, e delas retirar esse sal que me caia o sangue e arde ao tomar esses teus beijos como estalos de desejos..."




 
Se as correntes desse teu inferno,
Que não beijam mais esses meus sonhos de mar,
Vierem martelar o desejo terno,
De poder ainda te encontrar,
Para lá do precipício que insistes em criar!



E tilintam essas correias cavalgando pelo mar,
Que tão cinza se bebe!
Que tão negro se quer tornar!
São ásperos os desejos dos gritos da plebe,
Enclausurada nos confins da tua sebe.



Ah como desnudo o meu corpo,
E devolvo essa vida que tomaste ao afogar,
Nas ondas que embatem e quebram,
Com a ira que vai e que quer voltar,
Ao te querer, ao te odiar e na morte ao te amar!



Marlene Carneiro

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

*O teu Silêncio*



No dia em que as minhas lágrimas choraram por ti amor,
O teu silêncio fez-se ouvir,
Por entre vidros quebrados que estalavam com a dor,
Caindo de um coração a querer partir,
Que não tem mais sangue para suprir.



E como gelam as minhas veias nesse lacrimejar,
De gotas que são mais navalhas,
Que me engolem ao meu corpo esventrar,
Enrolando-me frígida nas mortalhas,
Que tanto feriste nessas batalhas.



E ainda luto por um som desse teu pesar,
Por um ruído que ainda guardes,
Nesses vagos lugares do teu pensar,
Antes que o dia me deixe enquanto partes,
No mundo cinzento com que me embates.


Marlene Carneiro

terça-feira, 18 de outubro de 2011

*I Miss You*




No more!
My heart doesn’t hold the blood,
That you my love took from him with love,
And my soul doesn’t see more the light,
Because you my love, you died.



And my window is not touch by the wind anymore,
Sense you are gone,
And my tears they don’t fall anymore,
Because you my love, you took with you all my heart.



Oh Love that still remains!
The moments you fill me with words of not pain,
And my heart beat more and more,
Calling for your name,
Whispering to the souls it claims.

Marlene Carneiro








*No dia que partiste*



Os céus já não cantam sussurrando o teu nome,
Por entre nuvens e doces luares,
Os pássaros não clamam mais a chuva,
Que tantas vezes nos fez amar,
Com beijos de saudade das horas que deixámos passar.



O vento já não se faz ouvir,
Nas campainhas das janelas por onde sonhavas partir,
As flores não te veneram mais com o seu aroma,
E as cores essas deixaram de pintar,
Assim como os sons meigos das ondas do mar…



O mundo parou de rodar,
E o corpo com ele parou de respirar,
As veias deixaram de pulsar,
No dia em que me deixaste a pensar,
Porque partiste sem me levar…

Marlene Carneiro

*Acorrentada*



Quebras correntes outrora de ferro,
Onde me deixaste a verter todo elixir,
Agora mentes com os dentes no inferno,
Porque quiseste partir?
Matando o pouco que tinha para cuspir…



E chocalham essas malditas latindo no chão,
Amarrada nas muralhas desse castelo,
Secando esses escarlate que me dava impulsão,
Para cavar mais o buraco de gelo,
Quebrando da vida o elo.



E tilintam essas malditas,
Que me prenderam sem perdão,
E vi-te caminhar para fora das muralhas,
Deixando-me na mão,
O veneno que chamaste em tempos paixão.

 Marlene Carneiro