“Laços
de Sangue que se tentam juntar,
Nessa
noite fria onde nem o tempo pode parar,
A
pintura que ficou e que se quer notar,
Mais
um ceia se faz recordar,
Por
esse punhais escarlate que se formam de par em par…”
Laços
que se enlaçam nesse sangue descalço,
Agora
preso no asfalto que todos insistem em pisar,
Calcando
os pesos em sonhos de laço,
Sonhos
frios que tentam acalmar,
Com
o sol que o relógio faz tocar…
Anjos
de laços desalinhados num azul quente,
Pedindo
união de par em par,
Calando
os risos da noite que ri pela frente,
Fazendo-se
notar pelos dentes que mente.
Sangue
que ferve na invasão que tenta matar,
Todos
os espaços caiados pelo branco,
Num
espaço onde todos podem caminhar,
Avistando
o frio de inverno no fim do flanco,
Onde
os amores dos laços sabem a tanto.