Dizem que todo o poeta tem um quê de louco,
Que todo o escritor passa por um sufoco,
E que a insanidade habita no tolo,
Por falta de consciência, prefere a transparência no consolo.
Dizem que todo o poeta tem um quê de louco,
Que quando escreve diz muito e fala pouco,
Alguns consideram-no mesmo um parolo,
Perdidos estão aqueles, que só têm ignorância no miolo.
Dizem que todo o poeta tem um quê de louco,
Que grita com palavras até ficar rouco,
Pois deseja ser ouvido,
Quem sabe um dia até entendido…
Dizem que todo o poeta tem um quê de louco,
Mas para isto terei de pôr um ouvido mouco,
Pois não quero ser alienada por amar,
De forma diferente, por vezes carente até me libertar!
Dizem que todo o poeta tem um quê de louco,
Para isto não posso acreditar, nem acordar…
Pois loucos são os que não deixam uma Velha arte entrar…
Marlene ( Ghost)
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