O Medo acompanha-nos na vida, lado a lado, em cada momento, em cada tentativa…
Este observa-nos de um canto, à espera do melhor tempo para atormentar… Para levar ao extremo!
Em todas as fases de nossas vidas, este está presente! Desde o nascimento, à criancice, à adolescência, na vida adulta, na idade e até à morte.
Mas nem é bem na Morte que ELE se encontra, mas sim no nosso pensamento. Quando pensamos nesse momento, sejamos crentes de algo ou não, todos receamos. Porque nisso somos todos Ignorantes, desconhecemos o que vem… O que virá, o que será, ou o que acabará!
Se pensarmos bem, perguntamos: O que é a Vida?
Muitos me responderiam que é amor, amizade, viver de bem com o outro. Mas muitos também me responderiam que é tristeza, um inferno, uma passagem, uma dor!
Mas estas respostas são apenas sentimentos relativos ao que é a NOSSA vida (de cada um) e não o que ELA é! No entanto, excepto vários casos, não a tememos.
Já quando perguntamos: O que é a Morte?
Aí há os que dizem que é o final da vida. Há os que dizem que é o início de outra vida, e também há quem diga que é a libertação do espírito, da alma.
Mas como pode ser o final da vida, se não sabemos o que é a vida?
E neste caso porque a tememos?
Eu diria que é porque ainda não a experimentámos, e receamos o que não conhecemos. Pois só após a vivenciarmos poderemos dizer se é bom ou se é mau.
Nas diversas fases da vida, há esse receio de experimentar, de ir estar numa posição diferente.
Se pensarmos no Nascimento, ninguém tem medo de nascer…. Seria absurdo pensar assim, pois já aconteceu, já nascemos. Mas se perguntarmos a uma Mãe se tem medo do que aí vem, no geral ela responde que não! Pois é um novo Ser, e é parte de si! Mas mesmo aquelas mulheres que receiam o parto, arriscam em ter filhos. Porquê? Na minha opinião, porque ninguém dá à luz, ou nasce sozinho.
Somos sempre pelo menos dois, nesse acto, a mãe e o filho.
Então, continuo a perguntar: Porque receamos a Morte?
Mesmo sem saber o que é a Morte, ou o que é a vida. Que para alguns se perde, acaba aqui a linha do comboio, ou que começa outra coisa… Eu diria que é porque morremos sozinhos. Não importa se temos pessoas em redor, que nos agarrem a mão, ou se não acreditamos em nada.
A verdade é que esse acontecimento, do nosso corpo, sucede só connosco. Só a Nós! Sozinhos, atravessaremos esse momento, e receamos não o partilhar, não ter ninguém ali para nos acalmar e dizer:
- Vai ficar tudo bem!
Marlene
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