O meu coração chora,
cada vez que os teus olhos viram-se para lá dos meus,
E as lágrimas beijam o chão sangrando,
Como vidros estilhaçando,
Num compasso de uma tiste canção.
Os meus olhos já não amam,
Quando o vazio beija o meu corpo,
E o frio gelado do inverno me aquece no amanhacer,
Pois foram teus os dias quentes,
Que insistem agora em arrefecer...
E pingam as pingas que lavam o meu chão,
De tempos floridos em que o vento avisava a tempestade,
Com palavras meigas de néctar açucarado,
Cobrindo a chuva com raios de sol,
E agora o frio que teima em me gelar...
Os meu olhos reclamam o teu amor,
Reclamam na tua alma o explendor daquela paixão,
Que ainda existe dentro da alma que apoderas,
Que habita o corpo com que me libertas...
Mas não me deixes voar e cair neste piso sem chão!
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