Nos uivares do silêncio as batidas de exaustão,
Seladas por meios enxertos de ilusão,
Cemeiam rochedos que nem aos ventos sabem a tentação,
Nas rajadas poluídas desta minha solidão...
Oh Ventos que clamam por um anseio,
Sois vós os pequenos desse mundo, nosso meio?
Pois tendes mentes e dentes no vosso paleio,
Hastes pendentes choram contestes o fim do soleiro.
Lágrimas caídas como farpas escondidas,
Soam nesse uivar de alento,
Que arde lá dentro,
De quem ainda tem águas para chorar!
Marlene Carneiro
Sem comentários:
Enviar um comentário