Soldados
armados com rosas pendentes,
Por
esse eloquentes selados com dentes,
De
amores caiados em serpentes...
Curvas
Soltas de rancores laminados,
Por
calores ardentes que evaporam sabores calados,
Que
gritam com as vozes do vento...
Sons
mudos que se deixam pernoitar,
Por Lua
escarlate de um fogo que não quer queimar,
Mas que
gela as pétalas dormentes,
Desses
sonhos que naufragam em tentações,
De
doces lembranças, de doces ilusões...
Pois
sois vós que me prendes,
Nessa
névoa que tende a me rodopiar,
Nessa
imagem solta que me abraça e que me quer amar,
Tão
longe e tão perto,
Perturbando
o meu bem-estar!
Oh Alma
do vazio que preenche a minha solidão,
Sai
desse escuro tão frio e deixa-me sentir a tua mão!
Doce
demónio, Anjo da solidão,
Que
clareias as minhas noites,
Levando-me
à exaustão...
Marlene Carneiro