Bem Vindo ao Letras Doces!

O Letras Doces contém Poemas, Frases, Pensamentos... Escritos de forma doce... outras vezes um bocadinho mais amarga. Trata-se de uma transmissão de sentimentos. Espero que se sintam em casa e que respeitem os direitos de autor.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Saudades de ti amor




Lavadas no chão estão as lágrimas que por ti chorei amor,
Em dias turbulentos onde a saudade não se queria deixar guardar,
Nos ventos que clamavam a tempestade,
Dessa distância que me deixa sempre em ti a pensar...

Oh senhores do tempo que não me deixam regressar,
A esse futuro distante e tão perto,
Onde nem os mortos me deixam descansar,
Para que as polpas com o vento se deixem soprar...

Mas o meu amor só a ti te ofereço,
Para lá dos rios que ainda estão por florescer,
Para lá dos remos que o mar ainda terá de esconder,
Pois só a ti eu amo e não te quero perder.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Amor Gelado

O meu coração chora, 
cada vez que os teus olhos viram-se para lá dos meus,
E as lágrimas beijam o chão sangrando,
Como vidros estilhaçando,
Num compasso de uma tiste canção.
Os meus olhos já não amam,
Quando o vazio beija o meu corpo,
E o frio gelado do inverno me aquece no amanhacer,
Pois foram teus os dias quentes,
Que insistem agora em arrefecer...
E pingam as pingas que lavam o meu chão,
De tempos floridos em que o vento avisava a tempestade,
Com palavras meigas de néctar açucarado,
Cobrindo a chuva com raios de sol,
E agora o frio que teima em me gelar...
Os meu olhos reclamam o teu amor,
Reclamam na tua alma o explendor daquela paixão,
Que ainda existe dentro da alma que apoderas,
Que habita o corpo com que me libertas...
Mas não me deixes voar e cair neste piso sem chão!


segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Anjo da Noite






Soldados armados com rosas pendentes,
Por esse eloquentes selados com dentes,
De amores caiados em serpentes...
Curvas Soltas de rancores laminados,
Por calores ardentes que evaporam sabores calados,
Que gritam com as vozes do vento...

Sons mudos que se deixam pernoitar,
Por Lua escarlate de um fogo que não quer queimar,
Mas que gela as pétalas dormentes,
Desses sonhos que naufragam em tentações,
De doces lembranças, de doces ilusões...

Pois sois vós que me prendes,
Nessa névoa que tende a me rodopiar,
Nessa imagem solta que me abraça e que me quer amar,
Tão longe e tão perto,
Perturbando o meu bem-estar!

Oh Alma do vazio que preenche a minha solidão,
Sai desse escuro tão frio e deixa-me sentir a tua mão!
Doce demónio, Anjo da solidão,
Que clareias as minhas noites,
Levando-me à exaustão...

 Marlene Carneiro

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Uivar




Nos uivares do silêncio as batidas de exaustão,
Seladas por meios enxertos de ilusão,
Cemeiam rochedos que nem aos ventos sabem a tentação,
Nas rajadas poluídas desta minha solidão...

Oh Ventos que clamam por um anseio,
Sois vós os pequenos desse mundo, nosso meio?
Pois tendes mentes e dentes no vosso paleio,
Hastes pendentes choram contestes o fim do soleiro.

Lágrimas caídas como farpas escondidas,
Soam nesse uivar de alento,
Que arde lá dentro,
De quem ainda tem águas para chorar!

Marlene Carneiro